Por: @rodrigo_zovka11

Para o duelo entre Sport x Goiás, a CBF definiu que, o arbitro que comandará a partida será do Rio Grande do Sul.
Anderson Daronco será o árbitro principal e terá como assistentes o também gaúcho Marcelo Bertanha Barison e o sergipano Rubens dos Santos Filho.
Sport x Goiás será no sábado, na ilha do retiro às 16h20min.
voz da arquibancada !!!!!!!!Zé é um torcedor do Sport Recife, apaixonado como a grande maioria dos milhões de aficionados pelo leão por todo Brasil. Desempregado, ganha em média quatrocentos reais por mês, oriundos de bicos dos mais diversos.
ResponderExcluirÀs vezes falta dinheiro em casa para comida, mas jogo do Sport é sagrado. Não perde um. E quando não consegue seu ingresso no programa “Todos com a Nota”, do Governo de Pernambuco, compra na bilheteria. O importante é estar na Ilha do Retiro apoiando o seu time de coração.
Fora das quatro linhas, sentado na arquibancada, esquece a vida pobre que leva, as contas a pagar, o cotidiano difícil. Ele só quer se sentir vitorioso, ver o seu clube triunfar diante dos adversários, como já foi comum tantas vezes antes. E não economiza energia para tal, quer apoiando, quer xingando a arbitragem, quer cobrando dos jogadores ou treinador.
No último sábado não foi diferente. Zé chegou a Ilha do Retiro com a certeza de que, enfim, veria o Sport na zona de classificação para a série A, ignorando o histórico que persegue o leão desde a temporada anterior. Mas nem o seu otimismo foi suficiente.
A derrota por 1x0 para o Goiás reeditou a incompetência do Sport em voltar para a elite do futebol brasileiro. A esperança ainda existe e é real – a confiança de Zé, contudo, não. E ele, revoltado, uniu-se a outros Zé’s para externar sua indignação. No meio de um monte de torcedor agressivo, gritava transtornado: “Jogador de futebol não é uma profissão qualquer!”.
Zé tinha (e tem) razão. E afora a violência empregada pelos outros Zé’s - que deve ser sempre rejeitada –, a lógica do torcedor é contundente. Ver Wellington Saci, William, Bruno Mineiro e companhia, com salários 100 a 300 vezes maior que os rendimentos de Zé, reeditar novo vexame, sem mostrar a garra e a vontade de vencer que suas funções e salários exigem, tem limite.
O discurso continua igual. “Merecíamos vencer, mas fomos incompetentes”. É jogador, treinador e dirigente repetindo isso como se fosse um mantra, todos achando que torcedor é burro (afinal, vence quem se prepara melhor e busca a vitória com determinação a todo instante). E é justamente o torcedor, como Zé, que está fora das quatro linhas, que anda exigindo o merecido respeito.
Futebol é paixão. E já está na hora de todos os que fazem o Sport, especialmente os jogadores e a comissão técnica, tomarem consciência do papel que desempenham dentro do campo. Afinal, como Zé mesmo definiu, “jogador de futebol não é uma profissão qualquer”. E não é mesmo.